066_ALV – 3C Arquitetura e Urbanismo

Plano de Mobilidade

Plano de Mobilidade de Alvorada

PLANO DE MOBILIDADE

No âmbito de um Plano de Mobilidade, o diagnóstico da mobilidade urbana de qualquer município requer necessariamente uma caracterização dos padrões de movimentação da cidade, tanto internamente quanto em relação aos municípios e polos vizinhos. Sem prejuízo de outros aspectos, a análise de demanda – entendida como o conjunto de viagens, seus atributos e seu comportamento no tempo e no espaço – é o principal elemento dessa caracterização.
O conceito de demanda em transportes é justamente o de “necessidade” de movimentação. Ele se refere às interações no espaço urbano – as chamadas viagens – que devem ser realizadas para suprir a necessidade de participação em atividades em diferentes lugares por parte das pessoas e de deslocamento de cargas e mercadorias, por parte das firmas. A demanda por transporte é a base para qualquer decisão relacionada às políticas de mobilidade, desde o planejamento do crescimento da cidade, passando pelo controle dos serviços de transporte e o gerenciamento de horários e chegando à construção e manutenção dos recursos e equipamentos destinados ao tráfego.
São os recursos físicos e funcionais justamente o outro lado do sistema, a chamada oferta, que compreende a infraestrutura de circulação – vias, intersecções, estacionamentos – e os serviços de transporte – veículos, linhas de ônibus, metrô, etc. As possibilidades de ações sobre a oferta ocorrem na provisão de capacidade para atendimento à demanda, desde ampliação da infraestrutura, com a construção de novas pistas, melhoria das vias existentes, construção ou ampliação de pontes e viadutos, até a qualificação e ampliação da provisão de serviços de transporte, como com a implantação de serviços de alta capacidade, investimentos em bilhetagem eletrônica e outros. Estas ações, no entanto, demandam investimentos de grande porte, tanto para as obras de implantação, quanto para sua manutenção e operação, o que estabelece a necessidade de planejamento integrado com o desenvolvimento urbano para evitar a demanda crescente por investimentos e mitigar impactos negativos de valorização do solo, segregação e fragmentação urbana, entre outros.
A integração entre oferta e demanda, no entanto, constitui um sistema complexo para o qual as cidades devem buscar o equilíbrio, oferecendo soluções de mobilidade que não apenas atendam à demanda existente de forma qualificada, mas que também sejam capazes de modificá-la e induzi-la de maneira a contribuir para um funcionamento equânime, justo e democrático da cidade.