Consultoria
Estudo de Resiliência Hidrológica e Modelagem de Riscos
OBJETIVOS
O município de Uruguaiana tem sofrido com constantes cheias nos últimos anos o que afeta diretamente a centenas de famílias ribeirinhas, além de danificar estruturas e infraestruturas do município. Em resposta à cheia de 2014 e com apoio do Ministério de Integração Nacional através do Programa Nacional de Habitação Urbana a partir do enquadramento da cidade em situação de emergência, a Prefeitura Municipal realizou o Diagnóstico de Riscos Hidrológicos do município, do qual a consultoria em modelagem de riscos e resiliência hidrológica foi parte.
Os objetivos do Estudo de Resiliência Hidrológica, portanto, foram facilitar a tomada de decisão do Poder Público Municipal através da informação técnica sobre o já conhecido problema das cheias do Rio Uruguai. O papel da consultoria, neste caso, foi apoiar os levantamentos de campo, assim como diagnósticos socioeconômico e habitacional realizados pelo município, atuando de modo interdisciplinar com a pesquisa e processamento de dados geográficos obtidos através de satélites, levantamentos in loco e na bibliografia técnica.
PROPOSTA
A 3C foi responsável elaboração de estudo da dinâmica hidrológica do Rio Uruguai através da modelagem de dados de elevação e cálculos dos tempos de retorno baseado nas séries históricas e informações das agências oficiais do tema, como a Agência Nacional de Águas (ANA), Delegacia Fluvial de Uruguaiana da Marinha do Brasil e mesmo da Prefectura Naval de Paso de los Libres, na Argentina.
O trabalho consistiu em três etapas: a delimitação das áreas atingidas por inundações para os Tempos de Retorno de 1, 3, 5, 10, 25 e 50 anos; a localização e quantificação das moradias atingidas e a classificação destas moradias quanto a sua exposição ao risco tendo como referência os Tempos de Retorno. Para concluir estas etapas, no entanto, foi necessário modelar dados secundários de diversas fontes, desde a plataforma Hidroweb da ANA e do modelo digital do terreno ASTER GDEM-v2, que foram integrados em um modelo e calibrados por levantamentos in loco que já estavam disponíveis. Para o cálculo dos Tempos de Retorno, foi utilizada a série histórica da régua da Delegacia Fluvial (com registros diários desde 1942), que foi integrada ao sistema cartográfico oficial do IBGE.
A partir do estudo, foram identificadas e localizadas 933 moradias que seriam atingidas para as cheias de até 50 anos, com um terço delas sendo atingidas em períodos inferiores a 10 anos. Isto quer dizer que cerca de 320 famílias (próximo de 1.000 pessoas) devem ser atingidas por cheias a cada década. Caso não exista ação de planejamento, mitigação e mesmo relocação, todas estas famílias serão obrigadas a reconstruir suas vidas após cada desastre, envolvendo grandes custos pessoais e do poder público, além de arriscar a vida e a saúde destes cidadãos.
A partir do trabalho, as equipes de trabalho social do município podem atuar de forma coordenada, validando os registros de ocorrências das últimas cheias dentro de um contexto mais amplo, dando mais eficiência aos estudos de campo e permitindo sua inclusão nos pedidos de recurso ao Governo Federal.
CONTRATANTE
LOCALIZAÇÃO
ANO
ABRANGÊNCIA
CATEGORIA






