Fundação Parque Tecnológico Itaipu
Foz do Iguaçu, PR
Projeto – 2009
Execução – 2013
Prêmio AsBEA – Categoria Obras/Edifícios Institucionais
Paulo Freire
OBJETIVO
A construção da nova biblioteca do Parque Tecnológico Itaipu sobre/entre/ao lado/em volta das ruínas do chamado Bloco 1 dos alojamentos da época de construção de Itaipu tem o objetivo de registrar a história da hidrelétrica. Pretende ainda preservar física e metaforicamente a situação na qual o PTI iniciou a sua ocupação na área, explicitando a espetacular revitalização que os antigos barracões dos barrageiros sofreram após a criação do Parque.
Prevista no Plano Diretor do PTI, a construção de uma nova edificação para a biblioteca deverá trazer significativa ampliação da área de acervo, pesquisa e consulta. Apoiará de forma fundamental para as atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas no Parque, além de abrigar as atividades administrativas e serviços da Biblioteca.
A Biblioteca Paulo Freire busca ser uma atividade âncora do setor em que está localizada. Sua posição reforça a centralidade do espaço entre os blocos de alojamento já revitalizados e o Edifício do Saber, configurando a Esplanada dos Estudantes em um espaço aberto simbólico de função articuladora que estende as atividades da Biblioteca no PTI e faz reverberar o conhecimento que contem.
PROPOSTA
A proposta prevê que a identidade específica da Biblioteca se dê por suas atividades, sua configuração, sua posição geográfica e espacial e principalmente pela sua capacidade de reunir e disseminar toda a diversidade existente no PTI.
A edificação é dividida em área de acervo e locais de apoio que contam com área administrativa, sanitários, salas de leitura, auditório e café. Porém, analisando-a como um todo, a biblioteca configura-se como um espaço permeável sem limites rígidos onde a sua extensão ultrapassa o seu espaço físico. A previsão de utilização da cobertura como percurso e caminho para as pessoas e a dispersão das atividades da biblioteca em várias áreas do PTI garante que a extensão da biblioteca seja superior à sua área física. É explorada ainda a possibilidade de utilizá-la como um local de acesso a outras bibliotecas e bancos de dados, permitindo que a dimensão da biblioteca seja infinita enquanto esta permita o acesso universal a todos os usuários. Neste sentido, a biblioteca poderá crescer indefinidamente em conteúdo sem necessitar crescer fisicamente.
A proposta busca ainda oferecer a maior flexibilidade possível para as atividades da biblioteca e para a organização do seu acervo, áreas de consulta e pesquisa. A adoção de um partido com planta livre na área de acervo permite a organização do espaço interno de maneiras diversas atendendo a demandas especiais, alterações de uso, aumento ou redução de áreas, etc.
Tal flexibilidade resulta em uma possibilidade ampla de adaptação dos espaços e mesmo na transformação e conversão destes para outras atividades ou para adaptar-se a novas demandas, uma vez que estarão livres de estruturas permanentes que engessem o espaço e determinem rigorosamente os ambientes. Os usuários poderão apropriar-se da biblioteca como um grande ponto de encontro, de pessoas, de conhecimento, de informação, configurando-se em um ambiente que pode ser experimentado de múltiplas maneiras: diversos pontos de acesso, percursos visuais e virtuais, sem corredores exclusivos e espaços estanques.