Patrimônio

Recuperação do Centro Cultural da Usina do Gasômetro

OBJETIVOS

O projeto de Recuperação do Centro Cultural da Usina do Gasômetro busca valorizar e preservar a edificação como patrimônio de inestimável importância para a cidade de Porto Alegre.  Para tanto, propõe soluções que destacam suas qualidades e características originais e, ao mesmo tempo, alterações, adições e subtrações pontuais que visam modernizar sua infraestrutura, adequando-a às exigências de uso atuais. Dessa maneira o Gasômetro se transformará em um equipamento com condições adequadas para que seu enorme potencial cultural seja plenamente aproveitado por seus usuários, garantindo assim a preservação desta que provavelmente é a imagem construída mais icônica de Porto Alegre.

PROPOSTA

O projeto para a Recuperação da Usina do Gasômetro visa qualificar o espaço para que este exerça toda sua potência como Centro Cultural. Assim, as instalações e espaços serão adequados às atividades desenvolvidas proporcionando maior qualidade para a experiência dos visitantes e grupos culturais que hoje promovem atividades na Usina. Para isso a proposta foca na setorização do Centro Cultural, qualificando os acessos e circulações; e nas infraestruturas e instalações, proporcionando conforto ambiental, suporte técnico e espaços de apoio necessários para o atendimento dos usuários e visitantes.

Além disso, o projeto prevê a oferta de espaços gastronômicos, como bar, café e restaurante, novos sanitários em todos os pavimentos, climatização de todos os ambientes, adequação do prédio às exigências de prevenção de incêndio, novos elevadores e monta-cargas, novas instalações elétricas e hidrossanitárias, além da segurança patrimonial e dos usuários através do controle de acesso.

Basicamente, as intervenções se referem à recuperação das estruturas históricas, relocação dos acessos, recepção e portaria, proposição de novo zoneamento e setorização das atividades e circulações, qualificação dos espaços para atividades culturais e exposições, abertura dos terraços do 4o pavimento e promoção da acessibilidade universal à todos os ambientes.

Todas as propostas desenvolvidas atendem às exigências do Termo de Referência constante no contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Cultura e a 3C Arquitetura e Urbanismo. O projeto busca, ainda, se adequar às demandas identificadas ao longo do processo, especialmente às levantadas junto aos usuários do espaço e também com os seus gestores.

O projeto para a Recuperação da Usina do Gasômetro visa qualificar o espaço para que este exerça toda sua potência como Centro Cultural. Assim, as instalações e espaços serão adequados às atividades desenvolvidas proporcionando maior qualidade para a experiência dos visitantes e grupos culturais que hoje promovem atividades na Usina. Para isso a proposta foca na setorização do Centro Cultural, qualificando os acessos e circulações; e nas infraestruturas e instalações, proporcionando conforto ambiental, suporte técnico e espaços de apoio necessários para o atendimento dos usuários e visitantes.

Além disso, o projeto prevê a oferta de espaços gastronômicos, como bar, café e restaurante, novos sanitários em todos os pavimentos, climatização de todos os ambientes, adequação do prédio às exigências de prevenção de incêndio, novos elevadores e monta-cargas, novas instalações elétricas e hidrossanitárias, além da segurança patrimonial e dos usuários através do controle de acesso.

Basicamente, as intervenções se referem à recuperação das estruturas históricas, relocação dos acessos, recepção e portaria, proposição de novo zoneamento e setorização das atividades e circulações, qualificação dos espaços para atividades culturais e exposições, abertura dos terraços do 4o pavimento e promoção da acessibilidade universal à todos os ambientes.

Todas as propostas desenvolvidas atendem às exigências do Termo de Referência constante no contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Cultura e a 3C Arquitetura e Urbanismo. O projeto busca, ainda, se adequar às demandas identificadas ao longo do processo, especialmente às levantadas junto aos usuários do espaço e também com os seus gestores.

CONTRATANTE
Prefeitura de Porto Alegre
LOCALIZAÇÃO
Porto Alegre – RS
ANO
2016 - 2017
ÁREA
construída: 10.351,35m² (com 490,25m² de novas instalações)
CATEGORIA
Edificação | Patrimônio
passeio das artes_v1
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CONCEITOS DE PROJETO:

CONSERVAR, SUPRIMIR E ANEXAR:
As 3 ações de projeto em um edifício tombado são conservar, suprimir e anexar. Conservar o que tem valor histórico e artístico, restaurando suas condições originais e valorizando o patrimônio. Suprimir os espaços e elementos que deturpam o edifício, os improvisos, as instalações temporárias e provisórias, as gambiarras. E anexar novos espaços e elementos que agreguem qualidade ao edifício sem ofender o seu patrimônio, as novas instalações, os espaços complementares e de apoio, a qualificação e modernização dos espaços existentes.

METÁFORA DA MATERIALIDADE

O CARVÃO E A ÁGUA
A equipe de projeto realizou ampla pesquisa e discussão para elaborar o conceito de intervenção. A escolha do carvão e da água – matérias primas originais para produção de energia – representam uma analogia desses materiais originais com os materiais, acabamentos, revestimentos e tecnologias utilizadas na proposta de reforma do edifício. O carvão como uma referência ao edifício original e a sua atividade fundadora, assim como uma representação da ancestralidade e da história e uma relação conceitual com o antigo, o bruto, o opaco, o durável, o permanente. A água é uma referência ao atual, ao fluído, ao passageiro, é uma representação das pessoas, dos eventos, do presente e das atividades atuais e futuras, relacionada aos materiais transparentes, leves, novos, brilhosos, temporários. Ou seja, o carvão e a água são recuperados no projeto como uma metáfora das matérias primas originais e também como uma constante referência para a tomada de decisões de projeto.

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RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS ESPAÇOS ORIGINAIS
A proposta de projeto visa valorizar e destacar o uso original da edificação. O visitante precisa entender com clareza que a Usina do Gasômetro foi local de produção de energia elétrica a partir do carvão. O levantamento exaustivo realizado nas etapas iniciais do projeto permitiu a clara identificação dos espaços mais originais e com maior valor histórico e cultural. Os espaços que receberam atenção especial no projeto foram: a Nave Principal onde ficavam as caldeiras, as Fornalhas no térreo, a Galeria dos Arcos que eram as estruturas de suporte das turbinas (rotores), a Sala 309 e seu piso original de ladrilho hidráulico, as Tremonhas de armazenagem do carvão, o terraço do segundo andar local da britadeira e elevadores do carvão e o 6º andar onde ficavam as esteiras que jogavam o carvão nas tremonhas. Todos esses espaços receberam atenção especial no projeto de maneira a recuperar e evidenciar sua condição original e seu papel no edifício quando esse era uma usina termoelétrica.

GASÔMETRO É A ESQUINA ENTRE O CAIS E A ORLA
A localização da Usina do Gasômetro, além de sua histórica ligação com a Rua da Praia, tem uma posição privilegiada entre duas grandes áreas públicas da cidade junto ao Rio Guaíba – o Cais Mauá e a Orla. Ambas passam por processos de transformação com objetivo de qualificação dos espaços e abertura para toda a população porto alegrense. O Gasômetro configura-se, pela sua posição, como a grande esquina entre o Cais e a Orla.

GASÔMETRO É UMA GRANDE “PRAÇA COBERTA”
A relação da Usina com a Rua da Praia, e consequentemente com Centro Histórico, e sua posição entre as grandes áreas públicas da cidade junto ao Rio Guaíba – o Cais Mauá e a Orla, transforma também o edifício em uma grande praça coberta, ponto de encontro e convergência, que oferece abrigo e atividades culturais que complementam as atividades lúdicas e ambientais do entorno. O acesso a essa praça coberta é pela Rua da Praia nº 10, na face norte, ou pela face Sul do prédio, junto ao largo localizado à sombra da emblemática chaminé do Gasômetro. A Galeria dos Arcos passa a ser dessa maneira um espaço de passagem privilegiado e qualificado entre o Cais e a Orla.

OS 3 VOLUMES DO EDIFÍCIO
Os estudos iniciais permitiram a identificação dos 3 volumes – bloco principal, bloco oeste e bloco leste – e orientaram as soluções de projeto. No bloco oeste, relacionado com o Rio Guaíba, as suas características espaciais e novos acessos propostos orientaram as decisões de localizar as atividades com maior demanda de público. O bloco principal, dominado pelo volume da Nave, abrigará principalmente as atividades de exposições e outros usos diversos. O bloco leste, relacionado com o Centro Histórico, abrigará espaços gastronômicos em condições de funcionamento autônomo.

GASÔMETRO É A ESQUINA ENTRE O CAIS E A ORLA
A localização da Usina do Gasômetro, além de sua histórica ligação com a Rua da Praia, tem uma posição privilegiada entre duas grandes áreas públicas da cidade junto ao Rio Guaíba – o Cais Mauá e a Orla. Ambas passam por processos de transformação com objetivo de qualificação dos espaços e abertura para toda a população porto alegrense. O Gasômetro configura-se, pela sua posição, como a grande esquina entre o Cais e a Orla.

GASÔMETRO É UMA GRANDE “PRAÇA COBERTA”
A relação da Usina com a Rua da Praia, e consequentemente com Centro Histórico, e sua posição entre as grandes áreas públicas da cidade junto ao Rio Guaíba – o Cais Mauá e a Orla, transforma também o edifício em uma grande praça coberta, ponto de encontro e convergência, que oferece abrigo e atividades culturais que complementam as atividades lúdicas e ambientais do entorno. O acesso a essa praça coberta é pela Rua da Praia nº 10, na face norte, ou pela face Sul do prédio, junto ao largo localizado à sombra da emblemática chaminé do Gasômetro. A Galeria dos Arcos passa a ser dessa maneira um espaço de passagem privilegiado e qualificado entre o Cais e a Orla.

EQUIPE DE PROJETO

Autores:
Arq. Tiago Holzmann da Silva
Arq. Leonardo Damiani Poletti
Arq. Alexandre Pereira Santos
Arq. Leonardo Hortencio
Arq. Pedro Terra Oliveira

Arq. Flávio Kiefer e Arq. Lídia Arcevenco

 

Colaboradores:

Arq. Karine Damasio

Arq. Sofia Panitz Bicca
Arq. Angélica Magrini Rigo
Acad. Jean Michel Fortes Santos
Acad. Flórence Acosta
Acad. Mariana Mincarone
Acad. Paulo Carvalho

Acad. Helena Tonel Fernandes

 

Complementares:
Arq. Evandro Medeiros – coordenação e compatibilização de projetos
Eng. Éverton Rigo Ayres – Projeto Estrutural
Eng. Alexandre Ventura Olmos – Elétrico, Telefonia, Sonorização, Lógica,
Segurança, SPDA e Automação
Eng. Eneida Borges – Projeto Hidrossanitário
Eng. Renata Giacobo – PPCI
Arq. Sandro Zanini – Projeto Luminotécnico
Eng. Fernando Cammerer – Projeto de Climatização
Arq. Flávio Simões – consultoria em projeto de acústica